Este desassossego que me mata
sexta-feira, janeiro 20
quinta-feira, outubro 2
Dor do fim do dia
A dor do fim do dia é a que mais mói.
O cansaço desperta a mente e abre a janela das memórias.
Frias memórias que se aconchegam no colo da cama e teimam em ficar
O calor dos lençóis relembra o que já se perdeu...
Momentos que já foram
sentimentos que não voltarão a ser...
Tudo nos volta na almofada das recordações
segunda-feira, março 3
Este Desequilíbrio que escondes
No início o coração tem um controlo aparente
As palpitações coordenadas sossegam a felicidade inerente
os sorrisos espontâneos disfarçam a dispersão que se sente
e as carícias quentes libertam o fogo que se fecha e deixa soltar
devagarinho...
...
Devagarinho se solta o desequilíbrio emocional
a chama descontrolada que tentas arrefecer
tornando morno aquilo se quer de extremos
intenso e descomedido
_
Este desequilíbrio que escondes
não passa de um fingimento que desconheces
Finges inocentemente um controlo aparente
Pareces seguro e equilibrado
mas estás apenas preso
Esta corrente que te prende e torna pequeno
Não deixa escapar a tua incoerência de espírito
E a tua dor permanece silenciada
Num eco vindo de dentro da tua cabeça
sexta-feira, fevereiro 1
alma eternamente minha
" O corpo é o hotel da nossa alma "
dito por um monge budista cujo nome desconheço
Alma minha, que sempre foste e para sempre serás,
ocupas este corpo tantas vezes desejado, poucas amado, outras até magoado
vives esta vida que não sei se escolheste ou se te foi imposta
e que este tormento vai moldando ao longo do tempo
Não sei qual o teu propósito aqui
Nem porque estou neste ambiente
Mas a minha única certeza é que farás sempre parte de mim
terça-feira, janeiro 22
sábado, janeiro 12
Bem na minha mão
"Abro os olhos e adormeço
Sem a mente fraquejar
Saio pela manhã
De passagem, coisa vã
Derrapagem
Que a viagem
tem princípio, meio e fim
Enquanto vergo, não parto
Enquanto choro, não seco
Enquanto vivo, não corro
À procura do que é certo
Não me venham buzinar
Vou tão bem na minha mão
Então vou para lá
Ver o que dá
Pé atrás na engrenagem
Altruísta até mais não
Enquanto vergo, não parto
Enquanto choro, não seco
Enquanto vivo, não corro
À procura do que é certo
Presa por um fio
Na vertigem do vazio
Que escorrega entre os dedos
Preso em duas mãos
Que o futuro é mais
O presente coerente na razão
Frases feitas são reféns da pulsação"
Susana Felix, que voz doce :)
Porque das coisas boas não sei escrever
Essas são para as viver e guardar bem dentro de mim
Porque os sonhos são para quando se desperta
As lágrimas existem para serem cuidadas
e os sorrisos para serem beijados
Porque o ciclo continua a crescer
e o presente já deixou e o ser
algures entre a lágrima e o beijo
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